terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cabo de guerra


Vários relatórios e manifestações reais apontando para uma tendência à desaceleração (slow food, trip, life...) e os fast-food de comida japonesa se multiplicando pela cidade. Nada contra as temakerias, pelo contrário, adoro os vulgos cones. Mas que é um contra-senso, convenhamos que é.

A comida japonesa é reconhecidamente saudável não apenas pela escolha dos ingredientes, mas também por retomar, para nós ocidentais, o ritual da hora da refeição. Ok, os buffets já haviam deturpado um pouco a proposta, mas ainda assim parte do ritual era mantida com os palitinhos, as cumbuquinhas de shoyu e o 'cálculo' da raiz forte, que requerem sentar e dispor de certo tempo para desfrutar da comida, conforme deve ser.

Bem, os cones, por estarem super na moda, serviram de ponto de partida para um convite a pensar (e se questionar) sobre esse cabo de guerra da vida moderna: queremos ser slow, mas vivemos fast. Andam dizendo que ser workaholic está completamente fora de moda, que tempo de qualidade é balela e que a gente precisa mesmo é de mais tempo contado no relógio. No entanto, o crescimento do mercado "on the go", só para reiterar o exemplo dos cones, vai de vento em popa.

Será que queremos de fato mudar o ritmo das nossas vidas? Afinal, quem controla esse ritmo somos nós mesmos. Será que nos damos conta dessa responsabilidade?

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Santuários profanos


Luzes da Cidade é uma mistura de livraria, sebo, loja de discos, artesanato e acessórios. Grande parte dos artigos faz referência ao cinema, pois a lojinha localiza-se dentro de cinemas do circuito Estação.
Neste ano de centenário da Frida Kahlo, vários itens a venda na loja estão com esta temática. Os que me chamaram mais a atenção foram os santuários profanos, principalmente por este nome! Que minha avó não me leia, mas a ironia é perfeita.
Vale muito dar uma passadinha por lá, mas caso tenha se interessado especificamente pela peça da Frida e mora em outra cidade, pode fazer o pedido pela internet.

Toy art virou moda


E então você se pergunta: será que ela só descobriu a toy art agora? Claro que não, mas parece que a moda brasileira sim!
Sem me desculpar pelo trocadilho, eu explico. No desfile da última coleção da Maria Bonita Extra um acessório, fidelíssimo à corrente original da toy art, com certeza provocou suspiros na platéia feminina sedenta por uma novidade fashion-cool-cute. E agora, a Maria Filó, outra grife feminina, está com uma promoção que, nas compras acima de x reais, ganha-se uma bonequinha japonesa foférrima.
Tudo bem que foge radicalmente do padrão toy art e também não é um acessório de moda, mas se você resolver renovar seu guarda roupa para 2008 na loja, pelo menos sai com um dos presentes de Natal garantido. Da sua sobrinha mais nova à sua amiga mais velha, você não acha que todas iriam adorar?